O azeite de oliva extra virgem é considerado um alimento funcional, quer dizer, que previne doenças, pois ele é rico nas chamadas gorduras monoinsaturadas, que limpam as artérias e protegem o coração.
Os benefícios deste óleo saudável vão além: proteger contra artrite reumatóide e câncer de intestino. Ele é um dos principais ingredientes da dieta Mediterrâneo, ele é rico em ácido oleico, uma substância que estimula o fígado a produzir HDL, colesterol bom, aquele capaz de combater o LDL, a versão ruim.
Quanto consumir? Três colheres de sopa de azeite por dia afastam até o risco de infarto.
Como escolher um azeite de oliva? As embalagens de vidro escuro preservam a qualidade de sabor e aroma do azeite, já que os principais fatores que provocam alterações no produto são: a luz, o calor e o oxigênio.
Quanto mais “novo” o azeite, melhores as suas qualidades de sabor e aroma. O prazo de validade varia de um a três anos, dependendo da marca do fabricante. Procure nos rótulos do azeite a informação sobre sua origem, envase e distribuição: o produto produzido e envasado pelo produtor no pais de origem, geralmente, indica que o azeite tem melhor qualidade e origem conhecida. A Espanha é o maior produtor mundial de azeite. Portugal, Itália e Grécia destacam-se entre os demais países produtores.
Um dos principais “mitos” associados a escolha do azeite é a acidez. Muitos consumidores acreditem erronêamente que azeites de oliva com acidez mais baixa são os mais gostosos ou intensos. O sabor, aroma e intensidade estão associados a dezenas de compostos presentes na azeitona, que, por sua vez, são resultante de diversos fatores como variedade e maturação da azeitona no momento do processamento e pelo micro clima da região e características do terreno em que a oliveira está localizada. Menores valores de acidez indicam apenas que o processamento das azeitonas foi bem realizado e serve para classificar o tipo do azeite como, por exemplo, se é extra virgem (até 0,8% de acidez). Um azeite pode apresentar acidez mais alta (0,7%) e ter um sabor e aroma mais intensos do que um de acidez mais baixa (0,2%), ou vice-versa. Na degustação, a acidez não é detectável pelo sabor. Azeites com acidez acima de 2% não são adequados para o consumo.
Submetidos a um processo de refino, para reduzir a acidez e melhorar sabor e aroma, podem ser consumidos e são identificados como “azeite de oliva” ou “azeite tradicional” ou “azeite refinado”.
A cor não é um fator de qualidade, mas a observação visual da densidade do azeite pode indicar a variedade e tipo de processamento a qual a azeitona foi submetida. A cor pode variar de intensidade entre o verde e o amarelo ouro: azeite mais verde é aquele obtido de azeitonas mais verdes; cor de azeite mais amarelada significa azeitonas mais maduras. Azeitonas mais verdes tem um teor maior de clorofila. A intensidade da cor não significa azeites mais intensos ou mais saborosos. Azeites mais verdes tendem a ser mais amargos e picantes, mas a intensidade destas caracteristicas também está associada ao tipo de variedade da azeitona, micro clima da região produtora e forma de processamento. No entanto, a observação visual é importante para verificar se exsitem impurezas no azeite.